Diário da Be My Friend Tour – Dia 4

Hoje retomámos o nosso tour Be My Friend, ainda por terras do Alentejo. Com duas sessões agendadas para o dia, o início deu-se em Vendas Novas.

Os nossos amigos patudinhos esperavam-nos na associação Entre Patas de Vendas Novas. Com um total de 18 animais acolhidos neste momento, 15 foram fotografados. Podemos dizer que foram patudinhos muito educados que se apresentaram para tirar fotos.

Foram muitas as estrelas de quatro patas, fazemos esta afirmação porque parecia que tiravam fotos todos os dias. A Entre Patas encontra-se em crescimento e tem uma parceria com o Canil Municipal de Vendas Novas. Neste local acolhem-se essencialmente animais que precisam de cuidados, numa média de cerca de 3 a 5 animais por mês. As adopções são em número bastante reduzido, não passando de 1 por mês em média.

 

Associação Entre Patas

Partimos depois rumo a Redondo onde iríamos ter a nossa 2ª sessão do dia, a 7ª sessão do tour. Em Redondo, no Canil Municipal, esperávam-nos perto de 15 patudos, super simpáticos e igualmente prontos para a câmara. No total foram 12 patudos fotografados, assim quis o tempo já que esta sessão foi muito “molhada”. Também os animais aqui encontrados sofriam de extrema simpatia, mostrando-se muito entusiasmados com a nossa presença e portando-se todos muito bem em frente à câmara.

 

Canil Municipal do Redondo

Há cada vez mais a certeza que as consequências que levaram à ida dos animais para os canis e associações carregam um impacto negativo para os mesmos. Da nossa experiência, até agora, diriamos que cerca de 80% dos patudos que encontramos sofreram maus tratos, ou passaram por experiências traumáticas. Toda esta vivência deixa-os assustados, desconfiados e não permite que o nível de confiança nos humanos seja elevado, principalmente num encontro inicial. E aqui é necessário louvar o excelente trabalho de reabilitação que os trabalhadores e voluntários destas instituições fazem com os animais. A tentativa de minimizar os estragos feitos pelos abusos sofridos é uma das principais preocupações que estes humanos têm com os animais que recebem. Primeiro trata-se de sarar as feridas físicas (que muitos trazem) e depois as psicológicas.

Acreditar ainda que os animais não têm forma de sentir emoções, não faz o menor sentido de tão longe da verdade que se encontra essa possibilidade. Sofrem, sentem, perdem, tal como nós, em dimensões imensuráveis.

Colocar na balança a adopção ou a compra, pensando de uma forma muito lógica, poderá a balança pender para a última. Mas quem entende que os animais servem um propósito na nossa vida maior que serem mascotes, estabelecerem um status quo, entenderá também que adoptar um animal é um ato de doação que será muito mais recompensador. Um cão que tem uma segunda chance de felicidade, após o período de adaptação – não esquecer que o trauma carregado por vezes mascára muito o que está a ser vivido pelo patudo – irá com certeza viver um amor incondicional por quem por ele nutrir afeto e o cuidar. Esse amor, é o tipo de amor que muda a vida de uma pessoa, muda a vida de uma família.

É preciso repetir cada vez mais a frase “Adopte, não compre!”, poderá ser que, repetindo-a vezes sem conta, esta possa ter cada vez mais força na consciência da nossa sociedade.

 

 

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